Balaio de gato - tudo está interconectado.
A sua vida corre normalmente, quando, de repente, você se depara com um viral — algo que tem um “quê” que cativa todo mundo, da Geração Z ao Baby Boomer.
Um viral pode ser qualquer conteúdo digital: vídeos, memes, posts, textos ou imagens que se espalham rapidamente nas redes sociais e outras plataformas online, alcançando um grande público em pouco tempo. Normalmente, desperta fortes emoções, como humor, surpresa ou inspiração, o que incentiva as pessoas a compartilhá-lo de forma espontânea.
Ele atravessa fronteiras digitais mais rápido do que spoiler de final de série. Mas, afinal, qual é a mágica?
“Quando nos importamos, compartilhamos.”
— Jonah Berger, autor de Contágio: Por que as coisas pegam
O impacto de um viral: da farmácia ao pop global
Lembram quando o hidratante labial da Carmed viralizou e, de um dia para o outro, sumiu das prateleiras? Um simples post nas redes sociais foi suficiente para transformar um produto acessível em objeto de desejo imediato.
Esse efeito aconteceu recentemente com outro queridinho do TikTok: o aromatizador Coala Chá Branco. Uma usuária descobriu que ele tinha praticamente o mesmo cheiro de um perfume de ambiente da… Tania Bulhões (bora se benzer, Tania, rs). Resultado? O Coala saltou de R$ 7 para até R$ 19 e esgotou nos mercados. Se encontrar um, considere-se sortudo.
O viral espontâneo: um sonho lindo
Mas nem só de produtos vive o viral. Macario Martínez (@macariomartinez_), um trabalhador de limpeza no México, viralizou ao postar um vídeo simples da sua rotina no caminhão de lixo, embalado por uma música autoral, Sueña Lindo. Em poucos dias, a faixa estava tocando em todos os lugares e já soma mais de um milhão de reproduções no Spotify.
A comparação com Perfect Days não é coincidência: a beleza do ordinário tem um poder enorme de conexão. Como o próprio Macario disse em uma entrevista, ele começou a varrer as ruas porque não entrou na faculdade — mas, enquanto trabalhava, também desenvolvia sua música. Agora, o país inteiro canta com ele.
Quando o viral vira crise
Por outro lado, nem todo viral é positivo. Foi o que aconteceu com Tania Bulhões e a polêmica das cerâmicas. Tudo começou com um café na Tailândia que usava xícaras idênticas às da marca. O vídeo de uma anônima mostrando a coincidência se espalhou rapidamente, mas a situação escalou ainda mais pela demora e pela forma como a empresa se posicionou diante da repercussão. Falta de transparência, má gestão de crise… e um viral que saiu do controle.
Virais bem construídos: quando a estratégia encontra o meme
Algumas marcas aprenderam a brincar com o jogo e transformar o viral em estratégia. O Duolingo e o prefeito de Sorocaba são cases perfeitos: ambos dominam a linguagem da internet, criando conteúdos que geram engajamento de forma autêntica e divertida.
No mundo da moda e da beleza, Jacquemus e L’Oréal Paris prometem viralizar com uma colaboração que já está mexendo com as redes. E, falando em nova geração, a Starface tem se consolidado como a queridinha da Geração Alpha. A beleza nem sempre é sobre beleza para a Geração Alfa. Os adesivos para acne da marca são mais do que produtos de skincare — são itens de cultura pop. North West, filha de Kim Kardashian, já foi vista usando os patches de edição limitada, reforçando o status da marca como um verdadeiro fandom.
O código da meia azul e a nova era dos microvirais
Depois do abacaxi nos supermercados e dos clubes de corrida, um novo código surge: a meia azul. Sim, agora essa peça aparentemente aleatória indica solteirice e disponibilidade para paquera. Se viu alguém interessante, olhe para baixo. Hey ho, let’s go!
O que tudo isso tem em comum?
Os virais podem surgir de qualquer canto: de um produto de farmácia, de um momento cotidiano, de uma polêmica ou até mesmo de uma estratégia bem pensada. Mas todos eles têm algo em comum: mexem com a nossa curiosidade, geram conexão e transformam a forma como percebemos marcas, produtos e até pessoas.
E você, já foi impactado por um viral que mudou sua percepção sobre algo? Me conta aqui!